quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Ecclesia Una


SGESTÃO DE LEITURA:

http://beinbetter.wordpress.com/2012/04/02/padre-zezinho-a-dissidencia-calculada-e-a-comunhao-na-boca/

Pequeno Exorcismo de S.S. Leão XIII




EXORCISMO CONTRA SATANÁS E OS ANJOS REBELDES
Publicado por ordem de Sua Santidade o Papa Leão XIII
(forma completa - para uso pessoal e privado)

Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo

Salmo 67
Levanta-se Deus e sejam dispersos seus inimigos e fujam de sua presença os que lhe odeiam.
Como se dissipa o fumo se dissipem eles, como se derrete a cera ante o fogo, assim perecerão os impíos ante Deus.

Salmo 34
Senhor, peleja contra os que me atacam; combate aos que lutam contra mim.
Sofram uma derrota e caiam envergonhados os que me perseguem à morte.
Retornem a espada cheios de vergonha os que maquinam minha perdição.
Sejam como a palha levada pelo vento, quando o anjo do Senhor vier acossá-los.
Torne-se tenebroso e escorregadio o seu caminho, quando o anjo do Senhor vier perseguí-los.
Porque sem motivo me armaram laços; para me perder, cavaram um fosso sem motivo.
Que lhes surpreenda um desastre imprevisto; apanhe-os a rede por eles mesmos preparada, caiam eles próprios na cova que abriram. Minha alma se alegra com o Senhor e gozará de sua salvação.Glória ao Padre, ao Filho, e aoEspírito Santo.Como era no princípio, agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.

Súplica a São Miguel Arcanjo.
Gloriosíssimo Príncipe da Milícia Celestial, São Miguel Arcanjo, defendei-nos na luta que temos combatido “contra os principados e potestades, contra os chefes deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares”. Vinde em auxílio dos homens que Deus criou incorruptíveis à sua imagem e semelhança, e a tão “grande preço resgatados” da tirania do demônio. Com os exércitos dos anjos bons peleja hoje os combates do Senhor, como outrora lutaste contra Lúcifer, chefe da soberba e contra seus anjos apóstatas. Eles não puderam vencer, e perderam seu lugar no céu. “Foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente e denominado diabo e satanás, o sedutor do universo: foi precipitado na terra e com ele foram lançados seus anjos” (Apoc. 12,8-9)

Eis que o antigo inimigo e homicida tem se erguido com impetuosidade. Transfigurado em “anjo de luz” (II Cor. 11, 14), com a escolta de todos os espíritos malignos, cercou e invadiu a terra inteira, e se instala em todo lugar, com o desígnio de manchar ali o Nome de Deus e de Seu Cristo, de roubar as almas destinadas à coroa da Glória Eterna, de destruí-las e perdê-las para sempre.

O dragão maldito transvasou, como rio imundíssimo, o veneno de sua iniqüidade em homens depravados de mente e corruptos de coração: incutiu-lhes o espírito de mentira, impiedade, blasfêmia, e seu hálito mortífero de luxúria, de todos os vícios e iniqüidades.

Os mais maliciosos inimigos tem enchido de amargura a Igreja, esposa do Cordeiro Imaculado, tem-lhe dado a beber absinto, tem posto suas mãos ímpias sobre tudo o que para Ela é mais sagrado. Onde foram estabelecidas a Sé do Beatíssimo Pedro e a Cátedra da Verdade como Luz para as Nações, eles tem erguido o Trono da Abominação e da Impiedade, de sorte que, ferido o Pastor, possa dispersar-se o rebanho.
Ó invencível Príncipe, ajuda o povo de Deus contra a perversidade dos espíritos que lhes atacam e dai-lhes a vitória. Amém.

indulgência de 500 dias (Leão XIII, Motu proprio, 25 de setembro de 1.888; S.P.Ap., 4 de maio de 1.934)ACTA SANCTA SEDIS 23 (ASS 23 – 1890-91) –PÁGINAS 743 A 746

A Igreja te venera como seu guardião e patrono, se gloria que és seu defensor contra os poderes nocivos terrenos e infernais; Deus te confiou as almas dos redimidos para colocá-los no estado de suprema felicidade. Roga ao Deus da Paz que esmague Satanás sob os nossos pés, para que já não possa reter cativos os homens e prejudicar a Tua Igreja. Oferece nossas orações ao Altíssimo, para que o quanto antes desçam sobre nós as misericórdias do Senhor (Salmo 78,8), e sujeita o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e satanás, para o precipitar encadeado nos abismos, de modo que não possa nunca mais, seduzir as nações. ( Apoc.20,3).

Depois disto, confiados em tua proteção e patrocínio, com a sagrada autoridade da Santa Mãe Igreja, nos dispomos a rechaçar a peste das fraudes diabólicas, confiados e seguros em nome de Jesus Cristo, Nosso Deus e Senhor.

Eis aqui a Cruz do Senhor, fugi potências inimigas !
R. Venceu o Leão da tribo de Judá, o descendente de Davi.
Que a tua misericórdia, Senhor, seja sobre nós.
R.Como nós esperamos em Ti.
Senhor, escuta nossa oração.
R. E chegue a Ti nosso clamor
O Senhor esteja convosco. (Somente o sacerdote)
R. E com teu espírito.

Oremos: Deus e Pai de Nosso Señor Jesus Cristo, invocamos Teu Santo Nome e suplicantes imploramos Tua clemência, para que, por intercessão da Imaculada Sempre Virgen Maria Mãe de Deus, de São Miguel Arcanjo, de São José esposo da Santíssima Virgen, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os Santos, dignai-Vos prestar-nos Vosso auxílio contra Satanás e todos os demais espíritos imundos que vagam pelo mundo para dar a perder o gênero humano e para a perdição das almas. Amém.

Exorcismo: Te exorcizamos, espírito imundo, potência satânica, invasão do inimigo infernal, legião ou seita diabólica, em nome e virtude de Nosso Senhor Jesus Cristo +sejas desarreigado e expulso da Igreja de Deus, das almas criadas à imagem de Deus e resgatadas pelo Precioso Sangue do Divino Cordeiro +. Desde esse momento, não te atrevas mais, pérfida serpente , a enganar o gênero humano, perseguir+ a Igreja de Deus e sacudir e joeirar como trigo os eleitos de Deus +. No-lo manda Deus Altíssimo, a quem em tua insolente soberba ainda pretendes assemelhar-te, “o qual quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (II Tim. 2).

Manda-to Deus Pai +.
Manda-to Deus Filho +.
Manda-to Deus Espírito Santo +.
Manda-to a Majestade de Cristo, o Verbo Eterno de Deus feito homem, que para salvação de nossa progênie perdida pôr tua inveja-se humilhou e “tornou obediente até à morte”. (Fil. 2,8).Ele que edificou a Sua Igreja sobre pedra firme e prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam jamais contra Ela, querendo permanecer com Ela “todos os dias até ao fim do mundo”(Mat 28,20). Manda-to o sinal sagrado da Cruz, e a virtude de todos os Mistérios de nossa Fé Cristã+. Manda-to a poderosa Mãe de Deus, a Virgem Maria, que desde o primeiro instante da sua Imaculada Conceição, pela sua humildade esmagou a tua cabeça orgulhosa +.
Manda-to a Fé dos Apóstolos Pedro e Paulo e todos os outros Santos Apóstolos+. Manda-to o sangue dos mártires e a piedosa intercessão de todos os Santos e Santas +.Então, dragão amaldiçoado e toda legião diabólica, nós te esconjuramos:Pelo Deus+Vivo, Pelo Deus+ Verdadeiro, Pelo Deus+ Santo,
Pelo Deus que tanto amou o mundo que lhe deu Seu Único Filho, para quem crer n’Ele, não pereça mas tenha a vida eterna ( Jo, 14-15)

Cessa de enganar as criaturas humanas e de derramar sobre elas o veneno da condenação eterna.
Cessa de danificar a Igreja e de armar laços à sua liberdade.Vai-te embora satanás, inventor e mestre de enganos, inimigo da salvação dos homens.Cede lugar a Cristo, em Quem não encontraste nada em tuas obras.

Cede o lugar à Igreja - Única, Santa, Católica, Apostólica - que o próprio Cristo adquiriu com o Seu Sangue. Humilha-te sob a poderosa Mão de Deus, treme e foge à invocação, feita por nós, do Santo e terrível Nome de Jesus que faz tremer o inferno: a Quem as Virtude dos Céus, as Potestades e as Dominações estão submissas; e que os Querubins e os Serafins louvam sem cessar, dizendo: “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus dos Exércitos.”

Senhor, ouvi a minha oração.
R. E chegue até Vós o meu clamor.
O Senhor esteja convosco...(para os sacerdotes)
R. E com teu espírito.

Oração final (de joelhos)
Oremos:Deus do Céu, Deus da Terra, Deus dos Anjos, Deus dos Arcanjos.Deus dos Patriarcas, Deus dos Profetas, Deus dos Apóstolos.Deus dos Mártires, Deus dos confessores, Deus das Virgens.Deus que tendes o poder de dar a vida depois da morte, o repouso depois do trabalho.Porque não há outro Deus senão vós; e, que não pode haver outro a não ser Vós: Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, cujo Reino não terá fim.Com humildade, suplicamos que a Vossa Gloriosa Majestade se digne livrar-nos poderosamente, e sãos e salvos de todo o poder, laço e mentira e malvadez dos espíritos infernais.

Das emboscadas do demônio,
R. Livrai-nos Senhor.
Dignai-vos conceder à nossa Igreja a segurança e a liberdade para Vos servir.
R. Nós Vos suplicamos, ouvi-nos Senhor.
Dignai-vos humilhar os inimigos da Santa Igreja.
R. Nós Vos suplicamos, escutai-nos Senhor.

(Aspergir com água benta as pessoas e o lugar.)

Senhor, não recordes nossos delitos nem os de nossos pais, nem tomes vingança de nossos pecados (Tobias, 3,3) Pai nosso …

O EXORCISMO


ENTREVISTA

Padre Gabriele Amorth, exorcista oficial do Vaticano

Padre Amorth, está pronta a tradução italiana do novo Ritual para os exorcistas?
GABRIELE AMORTH: Sim, está pronta. No ano passado a Conferência Episcopal não quis aprová-la porque havia erros de tradução do latim. E nós, os exorcistas, que deveríamos utilizá-la, aproveitamos para indicar uma vez mais que discordávamos sobre muitos pontos do novo Ritual. O texto base em latim continua sem mudanças nesta tradução. E um Ritual tão esperado no fim transformou-se numa burla. Um incrível empecilho que ameaça impedir  agirmos contra o demônio.

Uma acusação pesada. O Sr. se refere a quê?
AMORTH: Faço-lhe dois exemplos somente. Clamorosos. No ponto 15 fala-se dos malefícios e de como comportar-se nesse caso. O malefício é um mal causado a uma pessoa recorrendo ao diabo. Pode ser feito em diversas formas, como feitiços, maldições, maus-olhados, vodu, macumba. O Ritual Romano explicava como enfrentá-lo. O novo Ritual, ao  contrário, afirma categoricamente que há uma  proibição absoluta de fazer exorcismos nesses casos. Absurdo. Os malefícios são de longe a causa mais freqüente de possessões e males causados pelo demônio: não menos de 90 por cento. É como dizer aos exorcistas que não ajam mais. O ponto 16 então afirma que não se devem fazer exorcismos se não existe a certeza da presença diabólica. Esta é uma obra-prima de incompetência, pois se tem a certeza da  presença do demônio numa pessoa só fazendo o exorcismo. Ademais, os responsáveis não perceberam que contradiziam nos dois pontos o Catecismo da Igreja  Católica, que indica o exorcismo seja no caso de possessões diabólicas seja no caso de males causados pelo demônio. E diz também para ser feito tanto com pessoas quanto com  coisas. E nas coisas não existe nunca a presença do demônio, existe só a sua influência.  As afirmações contidas no novo Ritual são gravíssimas e muito danosas, fruto de ignorância e inexperiência.

Mas não foi elaborado por especialistas?
AMORTH: De forma alguma. Nestes dez anos trabalharam com o Ritual duas comissões: uma composta por cardeais, que cuidou dos "prenotanda", ou seja, das disposições iniciais; e outra, que cuidou das orações. Posso afirmar com certeza que nenhum dos membros das duas comissões fez exorcismos nem assistiu a exorcismos nem teve a menor idéia do que são os exorcismos. Este é o erro, o pecado original, desse Ritual. Nenhum dos que colaboraram era especialista em exorcismos.

Como é possível?
AMORTH: Não me pergunte. Durante o Concílio Vaticano II cada comissão era coadjuvada por um grupo de especialistas que apoiava os bispos. E o costume manteve-se também depois do Concílio, cada vez que se refizeram partes do Ritual Romano. Mas não neste caso. E se havia um tema no qual eram necessários especialistas, era este.

E em vez disso?
AMORTH: Em vez disso, nós, os exorcistas, nunca fomos consultados. Além do mais, as sugestões que demos foram recebidas com mal-estar pelas comissões. A história é paradoxal. Quer que eu lhe conte? À medida que, como tinha pedido o Concílio Vaticano II, as várias partes do Ritual Romano eram revisadas, os exorcistas aguardavam que viesse tratado também o título XII, isto é, o Ritual dos Exorcismos. Mas evidentemente não era considerado um tema relevante, dado que passavam-se os anos e não acontecia nada. Depois, de repente, dia 4 de junho de 1990, saiu o Ritual "ad interim", experimental. Foi uma verdadeira surpresa para nós, que nunca tínhamos sido consultados. Todavia, já fazia tempo que tínhamos preparado alguns pedidos com relação a uma revisão do Ritual; pedíamos, entre outras coisas, o retoque das orações, colocando invocações a Nossa Senhora que faltavam completamente, e o aumento de orações específicas, mas fomos completamente afastados da possibilidade de dar qualquer contribuição. Mas não desanimamos porque o texto tinha sido feito para o nosso uso. Dado que na carta de apresentação o então prefeito da Congregação para o Culto Divino, o cardeal Eduardo Martínez Somalo, pedia às  conferências episcopais que enviassem num prazo de dois anos "conselhos e sugestões dadas pelos sacerdotes que o terão usado", pusemo-nos a trabalhar. Reuni 18 exorcistas, escolhidos entre os mais experientes do planeta. Examinamos com grande atenção o texto. Nós o usamos. Elogiamos logo a primeira parte, na qual eram resumidos os fundamentos evangélicos do exorcismo, o aspecto bíblico-teológico, no qual naturalmente não faltava competência, uma parte nova com relação ao Ritual de 1614, composto por Paulo V. Ademais, naquela época não havia necessidade de lembrar  esses princípios, por todos reconhecidos e aceitos. Hoje, porém, é indispensável. Mas quando passamos a examinar a parte prática, que requer um conhecimento específico  do tema, manifestou-se a total inexperiência dos redatores. As nossas observações foram copiosas, artigo por artigo, e fizemo-las chegar a todas as partes interessadas: Congregação para o Culto Divino, Congregação para a Doutrina da Fé, conferências episcopais. Uma cópia foi entregue diretamente ao Papa em mãos.

Como foram acolhidas as suas observações?
AMORTH: Acolhida péssima, eficácia nula. Tínhamo-nos inspirado na "Lumen gentium", na qual a Igreja é descrita como "Povo de Deus". No número 28 fala-se da colaboração dos sacerdotes com os bispos, no número 37 diz-se com clareza, inclusive com relação aos leigos, que "segundo a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, têm a faculdade, aliás às vezes também o dever, de manifestar o seu parecer sobre coisas que concernem ao bem da Igreja". Era exatamente o nosso caso. Mas nós imaginávamos, ingenuamente, que as disposições do Vaticano II tivessem chegado às congregações romanas. Ao contrário, encontramos de frente um muro de rechaço e desprezo. O secretário da Congregação para o Culto Divino fez um relatório à comissão cardinalícia na qual dizia que os seus únicos interlocutores eram os bispos, e não os sacerdotes ou os exorcistas. E acrescentava textualmente, a propósito da nossa humilde tentativa de ajuda como peritos que exprimem o seu parecer: "Vemos o fenômeno dum grupo de exorcistas e supostos demonólogos, esses que logo se constituíram numa Associação Internacional, que orquestrava uma campanha contra o rito". Uma acusação indecente: nós jamais orquestramos campanha alguma! O Ritual era dirigido a nós, e nas comissões não tinham convocado nenhuma pessoa competente, era mais do que lógico que tentássemos dar a nossa contribuição.

Mas então quer dizer que o novo Ritual é para os senhores imprestável na luta contra o demônio?
AMORTH: Sim. Queriam entregar-nos uma arma com defeito. Foram canceladas as orações eficazes, orações que tinham doze séculos de história, e foram criadas outras, ineficazes. Mas felizmente no último momento tivemos um salva-vidas. O novo prefeito da Congregação para o Culto Divino, o cardeal Jorge Medina, anexou ao Ritual uma notificação, na qual afirma que os exorcistas não estão obrigados a usar este Ritual, mas se querem podem usar o antigo com permissão do bispo.[...] 

O Sr. combate o demônio quotidianamente. Qual é o maior sucesso de Satanás?
AMORTH: Conseguir que não creiam na sua existência. Quase conseguiu. Também dentro da Igreja. Temos um clero e um episcopado que já não crêem no demônio, nos exorcismos, nos males extraordinários que o diabo pode fazer, e tampouco no poder que Jesus concedeu de expulsar os demônios. Há três séculos que a Igreja latina - ao contrario dos orientais e de várias confissões protestantes - abandonou quase completamente o ministério dos exorcismos. Sem praticá-los, estudá-los nem vê-los, o clero já não crê. Já não crê tampouco no diabo. Temos inteiros episcopados contrários aos exorcismos. Há nações completamente carentes de exorcistas, como a Alemanha, a Áustria, a Suíça, a  Espanha e Portugal.  Uma carência assustadora.

Não citou a França. Lá a situação é diferente?
AMORTH: Há um livro escrito pelo mais conhecido exorcista francês, Isidoro Froc, intitulado: "Os exorcistas, quem são e que fazem". O volume, traduzido em italiano pela editora Piemme, foi escrito por encargo da Conferência Episcopal Francesa. Em todo o livro jamais se diz que os exorcistas, em certos casos, fazem exorcismos. E o autor declarou várias vezes à televisão francesa que nunca fez exorcismos e que nunca os fará. Entre cem exorcistas franceses só cinco crê no demônio e fazem exorcismos. Todos os outros mandam quem se dirige a eles ao psiquiatra. Os bispos são as primeiras vítimas dessa situação da Igreja Católica, da qual está desaparecendo a crença na existência do demônio. Antes de sair esse novo Ritual, o episcopado alemão escreveu uma carta ao cardeal Ratzinger em que afirmava que não era necessário um novo Ritual, porque já não se devem fazer exorcismos.

É dever dos bispos nomear exorcistas?
AMORTH: Sim. Quando um sacerdote é eleito bispo, encontra-se ante um artigo do Código e Direito Canônico que lhe dá autoridade absoluta para nomear exorcistas. A um bispo o mínimo que se pode pedir é que tenha assistido pelo menos a um exorcismo, dado que deve tomar uma decisão tão importante.
Infelizmente, não acontece quase nunca. Mas se um bispo se encontra ante uma solicitação séria de exorcismo - ou seja, feita não por um maluco - e não toma providências, comete pecado mortal. E é responsável por todos os terríveis sofrimentos da quela pessoa, que às vezes duram anos ou uma vida, e que teria podido impedir.

Está dizendo que a maior parte dos bispos da Igreja católica está em pecado mortal?
AMORTH: Quando eu era pequeno o meu velho pároco ensinava-me que os sacramentos são oito: o oitavo é a ignorância. E o oitavo sacramento salva mais que os outros sete juntos. Para cometer pecado mortal é preciso uma matéria grave mas também o pleno conhecimento e o deliberado consentimento.
Essa omissão de ajuda por parte de muitos bispos é matéria grave. Mas esses bispos são ignorantes: não há portanto deliberado consentimento e pleno conhecimento.

Mas a fé permanece intacta, isto é, permanece uma fé católica, se alguém não crê na existência de Satanás?
AMORTH: Não. Conto-lhe um episódio. Quando encontrei pela primeira vez o Pe.Pellegrino Ernetti, um célebre exorcista que exerceu o ministério por quarenta anos em Veneza, disse-lhe: "Se eu pudesse falar com o Papa eu lhe diria que encontro demasiados bispos que não crêem no demônio". Na tarde seguinte o Pe. Ernetti veio até mim para me dizer que de manhã tinha sido recebido por João Paulo II. "Santidade", dissera-lhe, "há um exorcista cá em Roma, Pe. Amorth, que se o visse lhe diria que conhece demasiados bispos que não crêem no demônio". O Papa respondeu-lhe, taxativo: "Quem não crê no demônio não crê no Evangelho". Eis a resposta que ele deu e que eu repito.

Ou seja: a conseqüência é que muitos bispos e muitos padres não seriam católicos?
AMORTH: Digamos que não crêem numa verdade evangélica. Portanto, sendo o caso, eu os acusaria de propagar uma heresia. Mas fique claro que alguém é formalmente herege se é acusado de alguma coisa e permanece no erro. Hoje ninguém, pela situação que há na Igreja, acusa um bispo por não crer no diabo, nas possessões demoníacas e por não nomear exorcistas porque não crê. Contudo, eu poderia dizer-lhe muitíssimos nomes de bispos e cardeais que logo que foram nomeados para uma diocese tiraram a todos os exorcistas tal faculdade. Ou bispos que sustentam abertamente: "Eu não creio nisso. São coisas do passado". Por quê? Infelizmente porque houve a influência perniciosíssima de certos biblistas, e poderia citar-lhe muitos nomes ilustres. Nós que tocamos todos os dias o mundo sobrenatural sabemos que meteu a colher em tantas reformas litúrgicas.

Por exemplo?
AMORTH: O Concílio Vaticano II tinha comandado a revisão de alguns textos. Desobedecendo a essa ordem, o que se quis foi refazê-los completamente. Sem pensar que se podiam piorar as coisas em vez de melhorá-las. E tantos ritos foram piorados por essa mania de querer jogar fora tudo o que havia no passado e refazer tudo desde o começo, como se a Igreja tivesse até hoje sempre tapeado e enganado, e só agora tivesse chegado o tempo dos grandes gênios, dos superteólogos, dos superbiblistas, dos superliturgistas, que sabem dar à Igreja as coisas certas. Uma mentira. O último Concílio tinha simplesmente pedido a revisão desses textos, não a sua destruição. O Ritual dos exorcismos, por exemplo: era para ser corrigido, não refeito. Havia orações que têm doze séculos de experiência. Antes de eliminar orações tão antigas e que por séculos demonstraram a sua eficácia, seria preciso pensar longamente. Mas não. Nós, os exorcistas, experimentando o Ritual "ad interim", vimos que são absolutamente ineficazes. Também o Ritual do Batismo das crianças foi piorado. Foi desvirtuado até quase eliminar o exorcismo contra Satanás, que sempre teve enorme importância para a Igreja, tanto que era chamado "exorcismo menor". Contra esse novo rito protestou publicamente também Paulo VI. Foi piorado o novo Ritual de Bênçãos. Li minuciosamente todas as suas 1200 páginas. Pois bem, foi cuidadosamente tirada toda referência ao fato de que o Senhor nos protege de Satanás, que os anjos nos protegem do assalto do demônio.  Tiraram todas as orações que havia na bênção das casas e das escolas. Tudo tinha de ser benzido e protegido, mas hoje a proteção contra o demônio já não existe, já não existem defesas e tampouco orações contra ele. O próprio Jesus tinha-nos ensinado uma oração de libertação no pai-nosso: "Livrai-nos do Maligno. Livrai-nos da pessoa de Satanás". Em vernáculo foi traduzida de forma errônea, e agora se reza dizendo: "Livrai-nos do mal". Fala-se dum mal genérico, do qual no fundo não se sabe a origem. Ao contrário, o mal contra o qual Nosso Senhor Jesus Cristo tinha-nos ensinado a combater é uma pessoa concreta: é Satanás.

O Sr. tem um observatório privilegiado: tem a sensação de que o satanismo esteja difundindo-se?
AMORTH: Sim. Muitíssimo. Quando diminui a fé aumenta a superstição. Se uso a linguagem bíblica, digo que se abandona a Deus e se abraça a idolatria; se uso uma linguagem moderna, digo que se abandona a Deus para abraçar o ocultismo. A diminuição assustadora da fé em toda a Europa católica faz com que o povo se entregue às mãos de magos e cartomantes, enquanto as seitas satânicas prosperam. O culto do demônio é anunciado a massas inteiras através do rock satânico de personagens como Marilyn Manson, e atacam-se também as crianças quando jornais e quadrinhos ensinam a magia e o satanismo.
São muito difundidas as sessões espíritas, nas quais se evocam os mortos para ter respostas. Agora aprende-se a fazer sessões espíritas com o computador, com o telefone, com a televisão, com o gravador, mas sobretudo com a escritura automática. Já não há necessidade do medium: é um espiritismo "self service". Segundo as pesquisas, 37 por cento dos estudantes fez pelo menos uma vez o jogo do cartaz ou do copo, que é uma verdadeira sessão espírita. Numa escola em que me convidaram a falar, os jovens disseram que o faziam durante a aula de religião sob olhos complacentes do professor.

E funcionam?
AMORTH: Não existe diferença entre magia branca e magia negra. Quando a magia funciona, é sempre obra do demônio. Todas as formas de ocultismo, como esta grande atração pelas religiões do Oriente, com as suas tendências esotéricas, são portas abertas para o demônio. E o diabo entra. Rápido.

O que aproveita o demônio para seduzir o homem?
AMORTH: Ele tem uma estratégia monótona. Disse isso a ele, e ele o reconhece... Leva a crer que o inferno não existe, que o pecado não existe sendo só uma experiência mais a fazer. Concupiscência, sucesso e poder são as três grandes paixões nas quais Satanás insiste.

Quantos casos de possessão demoníaca encontrou?
AMORTH: Depois dos primeiros cem casos desisti de contar.Cem? Mas são muitíssimos. 

O Sr. diz nos seus livros que os casos de possessão são raros.
AMORTH: E de fato são. Muitos exorcistas têm encontrado somente casos de males diabólicos. Mas eu herdei a "clientela" dum exorcista famoso como o Pe. Candido, e portanto os casos que ele não tinha resolvido ainda. Ademais, os outros exorcistas mandam para mim os casos mais resistentes.

Qual o caso mais difícil que encontrou?
AMORTH: Estou tratando dele agora, e já faz dois anos. É a mesma jovem que foi abençoada - não foi um exorcismo propriamente - pelo Papa em outubro no Vaticano e que causou sensação nos jornais. É atingida 24 horas por dia, com tormentos indescritíveis. Os médicos e os psiquiatras não conseguiam entender nada. É plenamente lúcida e inteligentíssima. Um caso realmente doloroso.

Como a pessoa se torna vítima do demônio?
AMORTH: Pode-se cair nos males extraordinários enviados pelo demônio por quatro motivos. Ou porque isso consiste num bem para a pessoa (é o caso de muitos santos), ou pela persistência no pecado de modo irreversível, ou por um malefício que alguém faz por meio do demônio, ou por práticas de ocultismo.

Durante o exorcismo de possessos, que tipo de fenômenos se manifestam?
AMORTH: Lembro-me dum camponês analfabeto que durante o exorcismo me falava só em inglês, e eu precisava dum intérprete. Há quem mostra uma força sobre-humana, quem se eleva completamente da terra e várias pessoas não conseguem mantê-lo sentado. Ma é só pelo contexto em que se desenvolvem que falamos de presença demoníaca.

Ao Sr. o demônio nunca fez nada de mal?
AMORTH: Quando o cardeal Poletti me pediu para ser exorcista encomendei-me a Nossa Senhora. "Envolvei-me no vosso manto e estarei seguríssimo". O demônio fez-me tantas ameaças, mas nunca me causou dano algum.

O Sr. não tem medo do demônio?
AMORTH -. Eu, medo daquele estúpido? É ele que deve ter medo de mim: eu ajo em nome do Senhor do mundo. E ele é só o macaco de Deus.Padre Amorth, o satanismo difunde-se cada vez mais. 

O novo Ritual torna difícil fazer exorcismos. Impede-se aos exorcistas a participação numa audiência papal na Praça de S. Pedro. Diga-me sinceramente: o que está acontecendo?
AMORTH: A fumaça de Satanás entra em todas as partes.Em todas as partes!Talvez tenhamos sido excluídos da audiência do Papa porque tinham medo de que tantos exorcistas conseguissem expulsar as legiões de demônios que se estabeleceram no Vaticano.

Está brincando, não?
AMORTH: Pode parecer um modo de dizer, mas creio que não seja. Não tenho dúvida alguma de que o demônio tenta sobretudo os postos altos da Igreja, como tenta os postos altos da política e da indústria.

Está dizendo que também aqui, como todas as guerras, Satanás quer conquistar os generais adversários?
AMORTH: É uma estratégia vencedora. Sempre se tenta efetuá-la. Sobretudo quando as defesas do adversário são fracas. E também Satanás tenta. Mas ainda bem que existe o Espírito Santo que sustém a Igreja: "As portas do inferno não prevalecerão". Apesar dos abandonos. Apesar das traições, que não devem surpreender. O primeiro traidor foi um dos apóstolos mais próximos a Jesus, Judas Iscariotes. Mas apesar disso a Igreja continua no seu caminho. Mantém-se em pé pelo Espírito Santo, portanto toda a luta de Satanás pode ter somente sucesso parcial. Claro, o demônio pode vencer algumas batalhas. Inclusive importantes. Mas jamais a guerra.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

APOLOGIA

A SANTA MISSA É FUNDAMENTALMENTE A CELEBRAÇÃO DO ÚNICO E VERDADEIRO SACRIFÍCIO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO NO CALVÁRIO. ATRAVÉS DA TRANSUBSTANCIAÇÃO TORNA-SE PRESENTE SOBRE O ALTAR DE FORMA INCRUENTA O MESMO E ÚNICO SACRIFÍCIO SALVÍFICO DE CRISTO. NELA PARTICIPAMOS DO BANQUETE NUPCIAL DO CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO.

EM MUITAS MISSA CELEBRADAS PELO MUNDO A FORA SE TEM PERDIDO ESTA VERDADE FUNDAMENTAL SOBRE O SACRIFÍCIO DA SANTA MISSA. MUITAS MISSAS TEM SIDO PROFANADAS QUANDO SE FAZ DA MISSA AQUILO QUE ELA NÃO É, O SEJA, UMA SIMPLES REUNIÃO-CEIA DA COMUNIDADE, UM TEATRO, UM "SHOW", UM CULTO SEMELHANTE AOS PRATICADOS PELOS HEREGES PROTESTANTES.

NOSSA SENHORA NOS ALERTA SOBRE O PERIGO DA APOSTASIA EM RELAÇÃO A VERDADE DE FÉ CATÓLICA A RESPEITO DA SANTA MISSA. NOSSA SENHORA NOS ALERTA PARA O FATO DE QUE ESTA VERDADE TEM SIDO NEGLIGENCIADA DE FORMA QUE O SACRIFÍCIO DA MISSA SERÁ ABOLIDO SE FOR ASSUMIDO A DOUTRINA PROTESTANTE SOBRE A SANTA MISSA.

VEJA O QUE DIZ NOSSA SENHORA
(AS IMAGENS NÃO FAZEM PARTE DO TESTO ORIGINAL, MAS SERVEM PARA ILUSTRAR O TEMA)

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RUBBIO (VICENZA) – 31 DE DEZEMBRO DE 1991

O fim dos tempos

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- O quarto sinal é o horrível sacrilégio cometido por aquele que se opõe a Cristo, isto é, pelo anticristo. Entrará no templo santo de Deus e sentar-se-á no seu trono, fazendo-se adorar ele mesmo como Deus. “Levantar-se-á contra tudo aquilo que os homens adoram e chamam de Deus. O homem ímpio virá com o poder de satanás, com toda a força dos falsos milagres e falsos prodígios. Usará todo genero de engano malígno para fazer o mal.” (2Ts 2,4-9) [...] Filhos predilétos, para compreender em que consiste este horrível sacrilégio lede o que foi predito pelo profeta Daniel.



Vai, Daniel, pois estas palavras estão escondidas e seladas até o tempo do fim. Muitos serão purificados, alvejados e tornados íntegros, mas os ímpios continarão a agir impiamente e todos os ímpios ficarão sem compreender, mas os sábios compreenderão. A contar do momento em que tiver sido abolido o sacrifício cotidiano e for instalada a abominação da desolação haverá mil duzentos e noventa dias...” (Dn 12,9-12).




A Santa Missa é o sacrifício cotidiano a oblação pura que é oferecida ao Senhor em toda parte, do nascer ao põr do sol. O sacrifício da Missa renova o sacrifício consumado por Jesus sobre o Calvário.




Acolhendo a doutrina protestante se dirá que a Missa não é um sacrifício, mas somente a santa ceia, ou seja, a recordação do que Jesus fez na sua última ceia. E, assim, será suprimida a celebração da Santa Missa.




Nessa abolição do sacrifício cotidiano consiste o horrível sacrilégio cometido pelo anticristo, cuja duração será aproximadamente três anos e meio, isto é, mil duzentos e noventa dias.
(Aos Sacerdotes, filhos predilétos de Nossa Senhora, 15a. Edição, pp. 810-811)